jueves, 5 de abril de 2012

Seminario Governança Metropolitana - San Pablo




Primeira mesa do Seminário Governança Metropolitana destaca necessidade de avançar no pacto federativo

30/03/2012
Começou pouco depois das 9h30 desta sexta-feira, dia 30, o seminário “Governança metropolitana – Desafios, tendências e perspectivas”, com transmissão ao vivo na internet em itv.netpoint.com.br/pt.
A mesa contou com os seguintes membros:
Ideli Salvatti, ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
Rui Falcão, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores e deputado estadual/SP
Paulo Okamotto, diretor-presidente do Instituto Lula
Nilmário Miranda, presidente da Fundação Perseu Abramo
Edinho Silva, presidente estadual do Partido dos Trabalhadores/SP e deputado estadual/SP
Coordenador: Luiz Dulci, diretor do Instituto Lula
Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Seguem abaixo algumas declarações da mesa:
Ideli Salvatti
“Cada vez mais, o pensar metropolitano é uma obrigação. Nos algomerados urbanos temos inúmeros problemas, mas a oportunidades também sao diferenciadas”
“A natureza humana não gosta de dividir poder. A governança metropolitana é um exercício permanente de estruturar o compartilhamento do poder. Por isso o desafio é muito grande”.
Rui Falcão
“Este não é um desafio só do Brasil”.
“São Paulo resistiu muito a avançar nesta questão. O estado é governado há 20 anos pela mesma trupe e por isso não gostaria de dividir o poder”.
“Não há um modelo único de gestão metropolitana (…) Na Espanha, o governo de Madri sempre tentou impor sua vontade sobre os municípios menores, mesmo os que eram governados pelo mesmo partido (…) Na Alemanha, no Vale do Ruhr, com o esgotamento do carvão criou-se uma empresa de gestão privada, mas com controle acionário do governo central”.
“A Constituição de 1988 atribuiu aos estados a faculdade de criar essas regiões, mas a falta de critérios atrapalhou os avanços”.
“A melhoria da qualidade de vida da populacao é o grande objetivo da governança metropolitana”.
Luiz Dulci:
“Esta é uma iniciativa, sim, do partido dos trabalhadores, mas aberta a outros agentes e com vistas a incrementar o debate”.
Edinho Silva:
“Temos que alterar o modelo do pacto federativo. Esta reforma está acontecendo de forma silenciosa hoje (…) Se não discutirmos agora, esta reforma silenciosa acontecerá da maneira mais autoritária possível”.
“Aquilo que nos implementarmos terá impacto direto, cotidiano na vida das pessoas”.
“A reforma do Estado não pode diminuir a autonomia dos municípios. Temos que otimizar recursos e dar respostas concretas aos problemas da população sem diminuir a autonomia dos municípios”.
Nilmario Miranda
“O projeto Minha Casa Minha Vida levou 14 anos tramitando (…) Há uma resistência muito grande do poder econômico, que faz da cidade seu campo de atuação, em contradição permanente com os movimentos sociais.
“Esta não é uma luta fácil. Tem obstáculos legais, institucionais. Esperamos conseuguir conquistas que vão estabelecendo novos patamares civilizatórios”.
Paulo Okamotto
“Quem sofre com a falta de uma melhor governança metropolitana é o povo, que gasta mais tempo pra trabalhar, sofre com a saúde, precisa quebrar a cabeça para encontrar escola para os filhos. vamos ter que repensar se é o caso de mobilizar o movimento para fazer avancar esses temas da constituicao de 88. vai ser preciso repartir o poder para fazer as coisas andarem”.
“Queremos a partir desata iniciativa uma longa caminhada”.

Segunda mesa do Seminário Governança Metropolitana discute tendências e perspectivas do tema

30/03/2012
A segunda mesa do Seminário Governanla Metropolitana, que acontece nesta sexta-feira (30) em São Paulo, discutiu experiências mundiais e abordou a necessidade de equilibrar as diferentes demandas dos agentes envolvidos na governança metropolitana, passando por diferentes níveis de governo, população, da sociedade e do setor privado. O evento está sendo transmitido ao vivo na internet em itv.netpoint.com.br/pt.
Ao final da mesa, o senador Eduardo Suplicy, que estava na platéia, foi convidado para falar e lembrou que as cidades estão entre as grandes invenções da humanidade e lembrou também da vantagens que a renda básica.
A mesa foi composta por:
Olaf Merk, diretor do Departamento de Governança Territorial na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – Paris
Jeroen Klink, coordenador do Mestrado em Planejamento e Gestão do Território da Universidade Federal do ABC
Luiz José Pedretti, secretário Executivo Fórum Nacional das Entidades Metropolitanas
Donizete Fernandes de Oliveira, coordenador nacional da União de Moradia Popular
Coordenador: Selma Rocha, diretora da Fundação Perseu Abramo
Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Acompanhe abaixo algumas das declarações dos membros da mesa:
Olav Merk
“As metrópoles são mais produtivas, criativas e inovadoras”.
“A cidade é o local onde as várias divergências podem ser administradas”.
“Em muitas cidades, as empresas estão envolvidas na estratégia [de governança metropolitana]”
“As empresas trazem o bem-estar para as metrópoles, principalmente quando há concorrencia, nas cidades globais. Mas isso abre o risco de que as grandes empresas façam lobby por seus intetresses em detrimento dos interesses gerais”.
“A arte da governança metropolitana colaborativa seria encontrar esse equilíbrio para que as metropóles possam ter um papel cada vez mais importante na economia e também para o desenvolvimento humano como um todo”.
Jeroen Klink
“Não há um modelo único. Os EUA adotaram um modelo fraco, já Madri tem um modelo forte [de governança metropolitana]“.
“Em Madri, o prefeito da cidade-pólo reivindica espaço mesmo sobre os prefeitos do mesmo partido. Mardi corre o risco de ver a implosão desse modelo forte”.
Se a década de 90 foi perdida do ponto de vista metropolitano, hoje a conjuntura que cerca essa questão é diferente. Há os investimentos, o que é bom, mas por outro lado a capacidade de refrear o mercado imobiliário é baixa”.
“Não existe modelo único de governança. Hoje em dia as experiências modernas exitosas mostram que há uma governança metropolitana mutilescalar, de vários níveis”.
“A governança metropolitana coloca o conflito na mesa e tenta negociar. A questão central nas experiências de sucesso é a democratização”.
Luiz José Pedretti
Focou sua fala na apresentação do Fórum Nacional das Entidades Metropolitanas, FNEM. Destacou que, num espaço de 40 anos, entre 1070 e 2010, as cidades receberam 107 milhões de pessoas. Também destacou a falta de um marco regulatório e da regulamentação de leis discutidas desde a Constituição de 1988.
Donizete Fernandes de Oliveira
“Se os prefeitos não se integrarem, acontece o que aconteceu aqui em São Paulo ontem. Calculo que mais de 60 mil pessoas de Francisco Morato ficaram quatro horas paradas sem ter como vir trabalhar em São Paulo, paradas nos trens”.
“Se o Minha Casa Minha Vida atingir a meta, 50% do problema do défict habitacional no país está resolvido”.
“Quando a lei não é feita pensando na participação popular, a população faz a lei na marra, muitas vezes ocupando (…) [Nesses casos] a população chegou primeiro que o poder público”
“Acho que cabe a discussão de transformar as regiões metropolitanas em um ente federativo”.

Mesa “Trajetória de inovação metropolitana no Brasil” discute papel do Estado e necessidade de diálogo

30/03/2012
A terceira mesa do Seminário Governanla Metropolitana, que acontece nesta sexta-feira (30) em São Paulo, discutiu o papel do Estado e a necessidade do diálogo entre os diversos entes federativos e com a sociedade para acabar com os entraves para a instituição de uma verdadeira governança metropolitana, sem buscar um modelo único. O evento está sendo transmitido ao vivo na internet em itv.netpoint.com.br/pt.
Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Componentes da mesa Trajetória de Inovação Metropolitana no Brasil
Miriam Belchior, ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão
Mário Reali, prefeito de Diadema e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC
Artur Henrique, presidente Nacional da CUT
Vicente Trevas, membro da coordenação do Observatório dos Consórcios Públicos Federativos
Coordenador: Olavo Noleto, subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
Veja abaixo algumas das declarações dos membros da mesa:
Mário Reali, prefeito de Diadema e presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC
“Nos anos 90, nossa preocupação era o ABC se transformar numa Detroit, hoje é o contrário, estamos recebendo investimentos”.
“Hoje direcionar esses investimentos é o grande desafio. Por isso, criar mecanismos de gerenciamento é essencial”.
“A gente precisa criar condições de respeito e cooperação entre os entes federados (…). Esses elementos são chaves para criar uma governança com cooperação”.
“O consórcio não é a solução para todos os problemas, mas traz a perspectiva do diálogo e do fortalecimento”.
“Para a agenda não vir pronta [do Estado] precisamos nos organizar enquanto municípios”.
Vicente Trevas, membro da coordenação do Observatório dos Consórcios Públicos Federativos
“Nós estamos vivendo uma grande oportunidade para enfrentar nossos problemas metropolitanos. (…) Há um novo ciclo histórico que abre oportunidade para essas discussões”.
“Estamos tentando superar uma construção histórica que foi militar, autoritarista e patriarcal”.
“O Estado Brasileiro vai ter de se redesenhar, se repactuar para ganhar sinergia, porque uma de suas características básicas é a fragmentação”.
“Nas regiões metropolitanas nós aprofundamos as assimetrias administrativas”.
“Hoje nós posuímos marcos regulatórios indutores que poderão estabelecer as bases de uma boa governança metropolitana. Temos grandes instrumentos. O desafio é ter capacidade de operá-los”.
“Nós não construiremos uma governança metropolitana sustentável, se não explicitarmos as premissas dessa sustentabilidade”.

Artur Henrique, presidente Nacional da CUT
“O Dieese calcula que os trabalhadores hoje levam em média três horas por dia  para ir e voltar ao trabalho (…) Estamos falando aqui de qualidade de vida. Queremos trabalhar pra viver ou viver pra trabalhar?”
“A quantidade de imóveis vazios na região metropolitana ou no Brasil deve ser maior do que a necessidade de casa. E nós não conseguimos fazer o imposto progressivo para quem só quer fazer especulação imobiliária”.
“Nós precisamos fazer com que a lei seja aplicada e que nós tenhamos formas de implementação das questões de ocupação e uso racional dos recursos públicos”.
“Burocracia dá trabalho, todo mundo sabe disso. O que não podemos como gestores públicos é achar que o movimento social é um bando de vermelhinho chato e quando vem o empresário é quase como se fosse o dono da secretaria de obras do município”.
Miriam Belchior, ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão
“É preciso discutir (…) o qual a tarefa que cabe aos estados hoje. Qual é o papel de quem está espremido entre o poder federal e o crescente fortalecimento dos municípios”.
“Em 2003, o presidente Lula deu o primeiro sinal da preocupação de seu governo com o tema, que foi a criação do Ministério das Cidades, Esse foi um sinal claro de que o governo passaria a tratar os municípios de maneira diferente”.
“Queria citar outras duas iniciativas institucionais centrais para essa articulação entre as esferas de governo. A primeira é a lei dos consórcios públicos e a segunda o Comitê de Articulação Federativa”.
“Em 2007, com o PAC demos o passo mais importante nesse apoio aos municípios (…) Foi uma mudança fundamental entre o que existia antes do PAC e depois do PAC”.
“Com o PAC nós retomamos o planejamento de infraestrutura no país”.
“Tão importante quanto melhorar nossa infraestrutura é [saber] o quanto de empregos isso está trazendo para o país”.
“Nunca o governo federal esteve tão sintonizado com as prioridades dos municípios [sobre os PACs]“.
“A gente tem alguns desafios importantes. O primeiro é ainda a capacitação de todos, especialmente nos municípios (…). A outra é a gente treinar mais esse trabalho, melhorar a qualidade da articulação horizontal. E eu acho que tem um trabalho nosso de avançar ainda mais na integração das diversas políticas”.

Saúde, sustentabilidade e planejamento marcam encerramento do seminário Governança Metropolitana

30/03/2012
A mesa “A Política Setorial e a Agenda Metropolitana. Novas perspectivas para a inovação”, quarta e última do Seminário Governanla Metropolitana, que aconteceu nesta sexta-feira (30) em São Paulo, discutiu as cidades sustentáveis e o alto custo com que a concentração dos investimentos e serviços no centro tem onerado a cidade.
Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Nabil Bonduki fala durante a quarta mesa do seminário. Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Algumas das principais declarações dos membros da mesa:
José de Filippi, deputado federal/SP e diretor do Instituto Lula
“A cidade sustentável prioriza o transporte público e não motorizado”.
“O desafio da Zona Leste é levar um Uruguai para trabalhar no centro de manhã e depois trazer esse Uruguai de volta para casa à noite”.
“Na última década, a cidade de São Paulo construiu uma média de 2,2km de metrô por ano”.
“O metrô de São Paulo não é metropolitano de verdade, nem chega a sair da cidade de São Paulo”.
“A proposta [do governo atual] até 2030 não prevê nenhum transporte de alta capacidade até Guarulhos. Quase 22% do PIB brasileiro está na região metropolitana de São Paulo. Ela não pode ser tratada assim”.
“Quanto tem metrô, os imóveis no entorno são valorizados. Quando tem monotrilho, a dúvida é se vai desvalorizar a região”.
Nabil Bonduki, professor de Planejamento Urbano da USP e secretário nacional de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente
“Região metropolitana com 20 mil habitantes é uma piada. Metrópole parte do pressuposto que existe uma polarização exercida por uma cidade central, a metrópole”.
“São Paulo e Rio são as regiões metropolitanas stricto sensu, além disso existem metrópoles regionais”.
“A lei de habitação obriga cada município a fazer um plano de habitação (…) Você vai calcular qual a demanda de Taboão? É a de todos os excluídos de São Paulo”.
“O problema dos resíduos é um processo de gestão, não o fazer uma obra (…) A grande maioria dos municípios do país não tem condições de fazer isso sozinhos”.
“Nós temos um caminho muito grande pra trilhar no país, para repensar essa estrutura territorial e avançar nas políticas públicas do país”.
 Alexandre Padilha, ministro da Saúde
“Nenhum município sozinho tem condições de prover as condições para prover aquilo que está estabelecido na Constituição, que é o direito à saúde”.
“Reorganizar o conjunto de serviços que são a principal porta de entrada para o SUS é o grande desafio. Você precisa ter um conjunto de modelos diferentes”.
“Metade da população brasileira está acima do peso, e 15% é obesa (…) Ter atividade física é exclusividade de quem tem acesso a academia particular ou a parques muito bem cuidados, que são aqueles que estão no centro”.
“Uma cidade sustentável não pode ser uma cidade sedentária”.
“Hoje o Brasil investe per capita na saúde privada três vezes mais do que investe na saúde pública”.
“Durante todos esses anos no país, o que determinou a abertura de faculdades e vagas e residências não foram as necessidades da saúde. É um absurdo Guarulhos não ter uma faculdade de medicina, assim como Salvador”.
“O Brasil é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio de prover saúde pública gratuita para todos. Para atender esse desafio, é preciso inundar as faculdades com alunos da periferia e da classe C”.
“Nós vamos fazer um grande estímulo para a criação de faculdades de medicina nas regiões metropolitanas. Diadema sozinha não cria, mas junto com São Bernardo, sim”.

1 comentario:

  1. A verdade, eu não tenho muito conhecimento dos assuntos políticos,mas sei que eles tem que ser justos e governar pelo povo.
    Um deles falou que ia ajudar a industria do delivery de diferentes coisas.

    ResponderEliminar

Balance crítico de los gobiernos post-neoliberales en América Latina

http://sur.infonews.com/nota/9982/balance-critico-de-los-gobiernos-post-neoliberales-en-america-latina


Conversatorio en la UBA

Balance crítico de los gobiernos post neoliberales en América latina

El politólogo brasileño Emir Sader presentó su libro Lula-Dilma, 10 años de gobiernos post-neoliberales y dialogó con Miradas al Sur sobre las realidades actuales y las posibilidades de cambios profundos en los países de la región.

Balance crítico de los gobiernos post neoliberales en América latina

Cada tanto, el Instituto Gino Germani de la Facultad de Ciencias Sociales de la UBA, como modalidad de trabajo realiza lo que llaman “conversatorios”, donde invitan a importante intelectuales para charlar con los investigadores de esa casa de estudios y reflexionar sobre temas de coyuntura. En esta ocasión, convido al Profesor Emir Sader, politólogo brasileño, vinculado al Partido de los Trabajadores y el Movimiento de los Sin Tierra, ex secretario ejecutivo de Clacso y actual Profesor en la Universidad de San Pablo y Río de Janeiro.
En un ambiente más que agradable, con medialunas y café, en una salita pequeña pero colmada con una treintena de investigadores del instituto, tras la presentación de Carolina Mera, directora del Instituto, y la presentación de Julián Rebón, ex director de la casa, Emir Sader comenzó agradeciendo el desayuno y la primavera de Buenos Aires, un elogio para la sonrisa de los participantes, para luego comenzar con la presentación de su trabajo. En esta oportunidad, el intelectual de la izquierda latinoamericana, comenzó con la presentación de su libro Lula-Dilma. 10 años de gobiernos post-neoliberales en Brasil.
Un libro que fue apoyado por el Instituto Lula, donde tuvo la libertad de invitar a 50 diferentes intelectuales para reflexionar sobre los diez años de gobierno del PT, que como casi todos los gobiernos progresistas de América latina, es un gobierno de tipo pragmático y empírico, que a consideración del Emir Sader, avanzó por la línea de menor resistencia y que Lula es la personificación de eso. El libro tiene artículos críticos referidos a temas sobre políticas de medios de comunicación, reforma agraria, medio ambiente, entre otros. Desde su publicación en portugués, en seis meses superó el millón de descargas y ahora se edita en español. (Miradas al Sur dispuso un link para su descarga en portugués, para bajarlo ir a: http://bit.ly/1Ep1EwD.
En primer término, Emir Sader abordó el concepto de post-neoliberalismo, y sostuvo que “es una categoría descriptiva, porque cuando vino el neoliberalismo desconcertó a todos, por la avalancha que traía, por la supuesta modernización de la derecha, por la expansión universal que logró. Algunas personas de la izquierda, con cierta razón, decían que el neoliberalismo era la versión más radical del capitalismo, transforma todo en mercancía, y sólo salimos de eso con el socialismo. Teóricamente podría ser, no es que cerremos el tema, porque la verdad es que el Estado de Bienestar fue un paréntesis en la lógica liberal del capitalismo, el neoliberalismo mercantiliza todo, y sólo se sale con el socialismo. Pero: ¿qué pasa con la correlación de fuerzas?, que no muestra eso, porque el neoliberalismo viene del marco de un retroceso global enorme; para mencionarlo claramente, salimos de un mundo bipolar a uno unipolar, bajo una hegemonía imperial que cambió la correlación de fuerzas, lo que implicó un cambio inmenso, y la victoria de los Estados Unidos no fue sólo una victoria política, sino que fue una victoria ideológica”.
Ampliando el concepto de victoria ideológica, Emir Sader sostuvo: “En la guerra fría había dos interpretaciones del mundo, supuestamente, una que decía que la contradicción fundamental era entre “Socialismo” y “Capitalismo”, personificado en el campo socialista, y la otra que la centraba entre “Democracia y Autoritarismo” que derrotó al totalitarismo Nazi-fascista y ahora derrotaba al estalinismo. Pero en ese marco ellos ganaron, porque como Democracia, quedó la Democracia Liberal, y el capitalismo quedó como la economía. Además, la victoria ideológica monstruosa del modo de vida norteamericano, todo lo que está aparejado con su hegemonía. Además, se agotó un ciclo largo expansivo del capitalismo, lo que para Hobsbawm había sido la era de oro del capitalismo, desde el final de la segunda guerra hasta final de los años setenta, para el ingreso a un ciclo largo recesivo. A su vez, salimos de un modelo hegemónico regulador del bienestar social, keynesiano, a un modelo liberal de mercado. Esos tres factores se conjugan para marcar un retroceso brutal en la correlación de fuerzas a escala mundial; por eso, no basta con plantear una solución socialista, porque no hubo una derrota sólo del modelo soviético, la imagen socialista, del Estado, de la política, de los partidos, de los sindicatos (guack, sonrisas) se han desprestigiado; por lo que el socialismo se debilitó”.
Este escenario provocó un cambio de polaridad, que pasó de Capitalismo-Socialismo a Neoliberalismo-AntiNeoliberalismo, según Sader: “El socialismo salió de la agenda mundial. Se puede hablar de Socialismo del siglo XXI, pero nadie puede decir que en Venezuela hay socialismo. Es un objetivo, como Fidel dijo en 1961 “seremos todos socialistas”, pero lo cierto es que salió de la agenda. Con la irrupción del neoliberalismo el tema actual es consolidación o superación. De ahí el concepto de post-neoliberalismo para gobiernos que están en procesos de superación. Es significativo que en todas las elecciones, las polarizaciones se dan entre gobiernos progresistas posneoliberales y alternativas a derecha, con programas neoliberales. Incluso en Brasil, políticos que salen del gobierno para hacer una oposición pretendidamente de izquierda van rápidamente con la derecha, sea Eduardo Campos, que era socialista, o Marina Silva, que es ecologista, asumen el modelo económico consolidado. Lo que se da es que en la sociedad está anclada la polarización neoliberalismo vs antineoliberalismo. Esa es una realidad, no es la que queremos. Y las fuerzas de ultraizquierda, con el respeto que hay que tener por ellas, no han logrado consolidarse como fuerzas alternativas, pero la idea de que vamos a salir de esto con el socialismo, no agarra apoyo en la sociedad. Esa es la polarización, por eso post-neoliberalismo, para darle un nombre que no significa nada, simplemente algo posterior”.
En definitiva, el post-neoliberalismo es expresado por las actuales gestiones en América latina y tiene elementos que lo diferencia de la etapa anterior. En palabras de Sader: “Los gobiernos progresistas tienen tres elementos en común por lo que se puede decir que han roto con lo esencial del neoliberalismo. En primer lugar, la prioridad no es el ajuste fiscal, son las políticas sociales. Porque tanto Argentina y Brasil están en estancamiento económico, o en crecimiento vegetativo, pero se siguen implementando las políticas sociales, es la prioridad en el continente de América latina, la región más desigual del mundo, por lo que es el tema central nuestro; eso ya cambia radicalmente respecto a los gobiernos neoliberales. En segundo lugar, la prioridad no son los tratados de libre comercio con Estados Unidos, sino que es la integración regional y la relación Sur-Sur, lo también cambia nuestra inserción en el mundo. En tercer lugar, no es la centralidad del mercado, se rescata al Estado como instrumento que induce el crecimiento económico y garantiza derechos sociales. Tres elementos centrales, creo, políticas sociales, alianza regional y rescate del Estado, por lo que en su naturaleza son claramente distintos a los gobiernos neoliberales”.
Si bien los gobiernos de Venezuela, Bolivia o Ecuador pueden tener componentes anticapitalistas, frente a Argentina, Uruguay y Brasil que subyace la lógica antineoliberal, para Emir Sader los mismos pueden considerarse post-neoliberales, porque “consideramos que este concepto, descriptivo, apunta a rasgos y fenómenos sin decir conceptualmente lo que es. Y sí entendemos que decir que es igual a lo que fue el neoliberalismo es equivocado, decir que es más de lo que es, es errado. Porque si bien están en el marco del capitalismo, tienen una lógica opuesta al capital. En Brasil nunca se eligió a alguien contra el mercado, ahora sí, cualquiera sea lo que corresponda a la palabra mercado. Todo el gran empresariado estuvo con la derecha, todo. La Bolsa de Valores, toda con la derecha. Porque la lógica de nuestros países es la distribución de renta. Y este gran empresariado acumula riquezas con la exportación y el consumo agroexterno del mercado, no quieren producir lo que necesitan las nuevas capas emergentes y a su vez demandan gente que tenga recursos para comprar. Esa contradicción, es porque tienen su capital en las manos y la democratización social choca con eso. Por eso hay momentos en que se juegan a invertir y también a realizar boicots políticos al gobierno, quieren seguir ganando plata pero también apuestan a cambiar políticamente”.
Como cierre, Emir Saber expuso las contradicciones de esta nueva etapa y los desafíos que tienen estos gobiernos. Al respecto dijo: “Ellos quieren producir soja o coches, y la especulación financiera para ellos es cara. Además, cuando gobiernos como Brasil, para protegerse del terrorismo inflacionario, sube la tasa de interés les facilita la especulación financiera. Entonces hay una lógica allí donde se gana mucho más en la bolsa de valores que en cualquier inversión productiva. Porque tiene más liquidez, paga menos impuestos, una lógica diabólica, que se fomenta cuando se mantiene la tasa de interés alta. Hay una contradicción ahora que hace que nuestros procesos estén en su límite. Porque no hemos cambiado la estructura de poder más profunda de nuestras sociedades. Avanzamos por la ley de menor resistencia, no hay política social neoliberal por aquí, los tratados de libre comercio en Estados Unidos no tenían buenos antecedentes, no daban grandes perspectivas para la situación regional, y todavía más con la crisis de 2008 no entender al Estado como palanca fundamental de resistencia a la crisis, es una tontería. Lo que implica un avance en ese orden, pero no rompimos con algo fundamental, la hegemonía del capital financiero, porque esta fase de ciclo largo recesivo se profundiza, porque la hegemonía no está en el capital productivo sino en el especulativo. En tanto Reagan sostenía que había que desregular todo, porque hay muchos frenos a la inversión, Marx afirmaba que el capital no está para producir sino para acumular”, síntesis que recibió el aplauso de los investigadores.

Página 13

Pasado el susto,viene el balance

http://sur.infonews.com/nota/9980/pasado-el-susto-viene-el-balance

El frente neodesarrollista está en crisis

domingo, 28 de septiembre de 2014

El frente neodesarrollista está en crisis en Brasil







http://sur.infonews.com/nota/9676/el-frente-neodesarrollista-esta-en-crisis-en-brasil


Entrevista. Armando Boito Jr.

El frente neodesarrollista está en crisis en Brasil

El frente neodesarrollista  está en crisis en Brasil
armando boito jr., JUAN CARLOS GÓMEZ LEYTON, EMILIO TADDEI Y ATILIO BORóN EN LA FACULTAD DE CIENCIAS SOCIALES DE LA UBA.
Brasil en Debate. Al referirse al tema, Boito Jr. comentó que: “La coyuntura brasileña presenta hoy una gran complejidad, que está inmersa en un cuadro mayor, que implica un período donde en Brasil hay una división muy clara entre el campo político neodesarrollista y el campo neoliberal ortodoxo. Digo neoliberal ortodoxo porque el campo neodesarrollista no ha roto con el neoliberalismo, pero lo ha moderado, lo ha reformado, y ésta es la división principal, a mi manera de ver”.
A su vez, siguiendo con el marco de análisis marxista, Boito Jr. relacionó la articulación social de cada campo de pensamiento. Así marcó: “El neodesarrollismo no es simplemente una corriente de pensamiento, cualquiera que sea la crítica, ella tiene, como todas las corrientes importantes de pensamiento, vínculos en la política y en la sociedad con los intereses sociales económicos de las clases. El neodesarrollismo está estructurado con la gran burguesía interna brasileña, que es una fracción de la burguesía brasileña, representa a esta fracción, pero se apoya en sectores populares, que la política neodesarrollista atiende también”.
Como reflexión, Boito Jr. sostuvo que neoliberalismo se ha extendido con tanta fuerza: “Porque hay una selección crítica de las ideas, que se han tomado las ideas neoliberales por el gran capital financiero internacional, que en Brasil la fracción de la burguesía está integrada a este capital. Por eso, también el neoliberalismo representa mucho más que una escuela de pensamiento, independiente de la conciencia de los neoliberales, y lo que importa es esta vinculación para el análisis de la política brasileña. Representa a esa fracción de la burguesía, pero se sustenta en un sector que no pertenece a la clase dominante, las capas ricas de las clases medias”.
Esta división lleva a diferentes discusiones en el campo socialista y marxista de Brasil sobre cómo deben ubicarse las clases populares. En tal sentido, Boito Jr. comentó que existen dos grandes posiciones: “Una que dice que hay que quedar fuera de esta división, porque tenemos de un lado una fracción de la burguesía, del otro lado, otra; o bien tenemos élites de los dos lados; o bien tenemos capitalismo de los dos lados, las clases populares deben quedar fuera de este juego. Las organizaciones o los intelectuales que eligen esta opción son aislados en la política en Brasil, no logran crecer, no logran una acumulación. (…) La otra posición dice que hay tomar partido entre estos campos, porque a pesar de ser una división al interior de la burguesía, esto no es indiferente para las clases populares. Este es un debate presente de máxima importancia en Brasil”.

El neodesarrollismo está en crisis. El dato más relevante, Boito Jr. lo marcó al sostener que la novedad en esta coyuntura brasileña es que el frente político neodesarrollista está en crisis, a su entender porque “las contradicciones en el interior de este frente político han sido siempre muy agudas, porque es un frente muy heterogéneo, donde tenemos una fracción de la burguesía, una de la más grande, tenemos clases medias también, junto a campesinos, obreros y trabajadores marginales, con intereses muy dispares. Ha habido siempre contradicciones pero en esta coyuntura particularmente después de 2013, se exacerbaron. Este es un primer elemento de la crisis del frente político neodesarrollista”.
Refiriéndose a la crisis, Boito Jr. atribuyó su aceleración a tres condiciones generales: la retracción del crecimiento económico, sumado a la aproximación de las elecciones, que a diferencia de 2006 y 2010 se realizan en un contexto de recesión, y a la presión de Estados Unidos en América latina. Según el brasileño: “No es solamente en Venezuela que el gobierno norteamericano coloca su dedo, no es solamente allá, es también en Argentina y en Brasil, de manera diferente, es verdad. En Brasil hay una presión enorme del FMI, que un mes sí y otro no, emite documentos contra la política económica del país, lo que provoca que el riesgo internacional presione para abajo la impresión de la evolución de la economía brasileña, a lo que se suma la presión de la prensa internacional, etc., etc., etc.”.
Sin embargo, Boito Jr. centró el problema de la crisis en las contradicciones del frente neodesarrollista, que al describirlas comentó: “El movimiento sindical viene creciendo en su número de huelgas y en la obtención de aumentos salariales, que al estar subiendo mucho empiezan a perturbar los acuerdos que existen dentro del frente. El movimiento campesino, que ha recibido una política social específica de financiación pública, de mercados institucionales; pero los campesinos sin tierra, los pobres, ha recibido muy poco, casi nada de la política social del frente neodesarrollista. Y algo interesante de la crisis, es que hay toda una capa de las clases medias que pudieron llegar a la universidad gracias a la política educacional de los gobiernos del PT, pero que no encuentran ahora empleos en el nivel del que pensaban que podían encontrar. Esto estuvo en la base de las manifestaciones de junio de 2013. Y esto abre otro debate, porque no fue una manifestación juvenil, porque los campesinos o los obreros, todos son jóvenes en algún momento de la vida, aquí fue la juventud de una capa social específica, que es esta clase media trabajadora que ha alcanzado niveles universitarios”.
¿Qué hacer? A partir de la crisis del frente neodesarrollista, según Boito Jr. surgen interrogantes, “es un momento terminal del frente neodesarrollista, o al contrario, es que este frente político logrará recomponerse, y de lograrlo, se compondrá a derecha o a izquierda. Es que este frente abre una oportunidad para el avance del movimiento popular o al contrario”. A su vez, el brasileño alertó que las contradicciones “minaron el apoyo popular del frente neodesarrollista, y que han facilitado el ataque de las fuerzas de la reacción contra las políticas del frente. No estoy diciendo que las luchas populares le hacen el juego a la derecha, porque tenemos luchas en curso que el pensamiento crítico debe sustentarlas. Pero debo decir que sí hay luchas que son instrumentalizadas por la derecha, doy un ejemplo, tal vez el más importante, los grandes medios –la prensa, la radio, la televisión– han estimulado un movimiento contra la Copa del Mundo, ‘no va a haber Copa’, ésta era la consigna, un movimiento que no aportaba nada al movimiento popular y solamente desgastaba electoralmente la candidatura del gobierno, del Partido dos Trabalhadores, y propiciando el crecimiento de los candidatos de la derecha”.

Dilma juega al ajedrez

http://sur.infonews.com/notas/dilma-juega-al-ajedrez

Observatorio Política Brasileña

Última publicación en Miradas

Eleições > Eleições 2014